quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

COMO O PROFESSOR DEVE SE PREPARAR PARA AS AULAS









1. Preparo espiritual – à frente da sala deve estar um verdadeiro cristão, alguém que tenha uma real experiência de conversão e que procura santificar sua vida. Tal serviço prestado ao Rei é resultado de uma vocação, um gesto de adoração. Não basta ser profissional, é necessária a submissão ao Senhor Jesus, uma vida de adoração, de execução da Sua vontade e busca pelas coisas de cima, tal como o salmista orou: “Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da Tua lei.” (Sl 119.18). É preciso reconhecer-se dependente do Senhor, incapaz de compreender a Palavra sem o Seu auxílio, moldando a sua vida de acordo com esta Palavra. O professor deve ser um depósito de verdades
divinas e fiel guardião da sã doutrina à medida que viver em comunhão com a Palavra de Deus (Sl 119.97; Ex 3.1). Este amante da Palavra, certamente, vive com o seu coração a ferver com palavras boas, ensinamentos eternos e vivos que fazem toda a diferença (Sl 45.1).

2. Preparo bíblico eficaz - o preparo espiritual é um pré-requisito indispensável para se dar início ao preparo bíblico, num profundo mergulho nas Escrituras, que se apresenta nas seguintes atitudes:
• fazer diversas leituras do texto bíblico, comparando as diferentes versões;
• formar uma biblioteca pessoal que contenha dicionários, concordâncias, comentários e manuais bíblicos que auxiliarão na interpretação dos textos;
• fazer diversas perguntas ao texto para identificar promessas, ordens, mandamentos, princípios, doutrinas, orientações e lições. O descuido com a pesquisa traz inúmeros prejuízos à aula, o que contribui para desmotivar os alunos;
• fazer um esboço detalhado do texto bíblico – dividir o texto em partes menores permite a assimilação de novas informações;
• selecionar as lições mais importantes do texto – a Bíblia é como um poço de águas cristalinas que saciam a nossa sede; como uma caverna que contém inúmeros tesouros, os quais, para serem encontrados, requerem tempo, paciência e coragem de quem os busca. Deve haver prazer em meditar na Lei do Senhor (Sl 1.2) para efetuar este intenso trabalho de pesquisa.

3. Estudo da lição desde o início da semana – o ideal seria que todo professor reservasse, pelo menos, meia hora de cada dia, para estudar a lição. Dessa forma, resolveria aquelas questões que surgem, durante o estudo, antes de ministrá-lo à sala, encontrará melhores ilustrações e referências para o assunto, disporá de mais tempo para orar, bem como contar com a função cerebral subconsciente, segundo Rev. Dr. Kopinits:
“O subconsciente nos ajuda muito. Sabe-se que por meio do subconsciente aprendemos muito. Depois de havermos feito um estudo árduo e consciente de um assunto, nossa mente continuará trabalhando na questão, enquanto dormimos ou cuidamos de outras coisas. O ditado muito conhecido que diz ‘consulte o travesseiro’ acerca de uma decisão ou problema, está certo. É exemplo do que vimos dizendo sobre o subconsciente. Mas acima de tudo, lembre-se de que por meio da oração é possível estimular sobrenaturalmente as nossas faculdades mentais. ‘Ele os guiará em toda verdade’, diz-nos Cristo. Note que a palavra ‘guiar’ subentende que devemos estar procurando a verdade, ou em outras palavras: estudando.” (Dr. Marcos D' Kopinits - Anotações).

4. Estudo consciente
• O texto bíblico da lição deve ser averiguado, analisado, dissecado, experimentado antes da investigação profunda do comentário da revista.
• Ajuntar material além do necessário para a aula. Isso depende da aplicação e dedicação do professor que deseja inspirar amor pelo estudo, trazendo informações adicionais ao texto da lição para a classe.
• Estudar o texto e o contexto de forma detalhada.

5. Registro pessoal de seu estudo – o professor deve preparar-se em oração e fazer anotações pessoais (na escrita e na prática) que estejam relacionadas à edificação do caráter cristão e testemunho pessoal. A mensagem a ser transmitida deve provocar o efeito da transformação de vidas. Daí a necessidade do testemunho pessoal.
6. O estudo da lição – o planejamento da aula com base nos objetivos da lição é fundamental para que o professor ensine uma mesma verdade de várias maneiras. Tudo o que ele disser deve estar centrado no objetivo principal da lição. O tema principal será como um Sol, ao redor do qual se moverão todos os pensamentos a ele relativos, tais como os planetas o fazem ao redor da maior estrela

7. Apresentação da lição – o início da aula é o momento de negociação, momento no qual o professor vai lançar o anzol com uma isca bem apetitosa para atrair o aluno a si, mantendo-o fisgado. Para isto, ele deve elaborar estratégias que façam o aluno pensar, despertem o seu interesse, explicando verdades novas com o auxílio de verdades já assimiladas. O esboço não deve ser lido para a classe. Deve ser apresentado como um esqueleto que o professor vai revestir com a carne, usando os comentários necessários para revesti-lo e tornar a mensagem compreensível.

8. Ilustração da lição – o professor precisa estar atento ao limite de tempo que possui para que possa ministrar a aula de acordo com o objetivo principal. Myer Pearlman compara a ilustração da lição à edificação de uma casa:
• “ Dominar a matéria e determinar o objetivo correspondem, digamos, a fazer um desenho da casa pronta, e elaborar a descrição detalhada da planta. Pode incluir a decisão quanto ao material que se há de usar.
• A introdução da lição representa a abertura dos alicerces.
• Resumir a lição é levantar as estruturas de concreto.
• As perguntas correspondem às divisões revisadas. Pediu-se aos alunos que respondessem a algumas perguntas acerca do assunto.
• Por meio de trabalhos práticos, por escrito, ou por meio de diálogo, o professor dará o acabamento à obra.”
Ele ainda acrescenta:
• “As ilustrações correspondem às janelas e às lâmpadas elétricas que iluminam as dependências da casa. As ilustrações esclarecem o tema, ajudam o aluno a compreendê-lo, e assim mantém seu interesse. Por isso, é melhor o professor preparar uma lista de ilustrações. ”
Para fazer bom uso das ilustrações, o mesmo autor deixa-nos algumas sugestõesde como as ilustrações devem ser:

• mais claras que a verdade que ser ilustrar;
• interessarem o aluno e estar relacionada à sua experiência,
• relacionarem-se realmente com a lição;
• apresentadas com um certo limite, evitando-se o excesso;
• causar boa impressão;
• sugerirem boas idéias;
• aplicadas à verdade e a verdade aplicada à ilustração. Ex.: parábolas.

9. A conclusão da lição – é o momento no qual o professor vai trabalhar para despertar no aluno o firme desejo de colocar em prática tudo o que aprendeu, dando a ele oportunidades para memorizar a mensagem principal e amar a verdade ali ensinada. Pois o que mais importa é a aplicabilidade do conhecimento, o que nos faz recordar a unidade do homem como a apresenta Pestalozzi: espírito – coração – mão. Observando este aspecto, o professor possibilitará o desenvolvimento da tríplice atividade humana, contribuindo para o aprimoramento da inteligência, da moral e da técnica: conhecer – querer – agir: “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl.119.11).

Nenhum comentário:

Postar um comentário